A Vida não é uma Ciência Exata

Disso eu tenho certeza...ou não...já que nada é exatamente como parece ou deveria.
Sempre acreditei na simplicidade das coisas. A vida é uma coisa simples...mas a gente teima em complicá-la.
E sabe o que nos faz complicar a vida? Elas...as palavras.
Antes, quando o homem era mais um bicho entre tantos outros, não havia complicação. O sujeito nascia, reproduzia, caçava, comia e morria. Essa era a vida. Claro que ninguém tinha consciência disso...Porque não havia palavras para pensar!
Depois que o homem começou a atribuir nomes às coisas...começou a inventar verbos para unir essas palavras e transformá-las em ações. Aí foi uma desgraça... Surgiu, junto com todas as coisas boas - ainda bem! - a fofoca! a intriga! o disse-me-disse! E, como todos sabem, quem conta um conto, sempre aumenta uns pontos.
Vamos analisar: Fulano recebe um nome de sua mãe. Por exemplo, Carlos.
Alguém pode ligar ao Carlos, a palavra "doce". Para ligar o Carlos ao doce, colocamos um verbo: "por exemplo, "comer". Mas, se ao invés do "comer" o verbo fosse trocado por "roubou". Pronto...está dada a fofoca. "Carlos roubou o doce." E o pobre Carlos, que se deliciou com um delicioso brigadeiro inocentemente, passa a ser ladrão de doce de criança.
Como disse, quem conta um conto aumenta um ponto. E eu acabei de aumentar dois: Disse que ele comeu um brigadeiro e que era de uma criança. Tá vendo como são as coisas? O simples ato de combinar palavras pode causar desgraças - mas também pode fazer muito bem! O problema, é que, na maioria das vezes, a gente se lembra mais daquilo que não causou boa impressão. Pode testar, você se lembra de quantas vezes seu namorado (ou namorada) lhe fez carinhos? Não dá nem p/contar, né? Mas tenho certeza que você é capaz de dizer todas as vezes que ele (ela) te chateou, te fez chorar.
E é justamente isso que complica a vida da maioria das pessoas. Imagina se tudo fosse mais simples... se as palavras fossem usadas para falar bem, se tudo que fosse dito fosse realmente verdade. Não seria muuuito melhor? Bom, mas isso já é idealismo, talvez utopia. E não quero ficar colocando um monte de "se", já que a gente tem que viver com o que é concreto. Então...é preciso ter consciência disso: de que palavras podem fazer um bem enorme, inimaginável. Mas elas também maltratam. Temos que tomar cuidado com o que falamos...pois nunca saberemos a verdadeira dimensão (ou proporção) com que as palavras que dizemos chegam ao ouvido (e ao coração) alheio.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A lenda do Bambu e da Grande Árvore

Homens: não me leiam hoje... Rsrsrs